Dos dias 15 a 20 de setembro, ocorreriam as ICPC World Finals 2023-2024, em Astana, no Cazaquistão.
Contarei nesse post como foi o dia a dia do evento, que foi especial para nós como a primeira participação de um time da UDESC em uma World Finals.
Logo de manhã, embarcamos no voo para Guarulhos. De lá, teríamos uma escala em Frankfurt e depois chegaríamos em Astana.
Passamos a noite voando, cochilamos um pouco e, de manhã cedo, estávamos em Frankfurt.
Tínhamos 10 horas para conhecer Frankfurt antes do nosso voo para Astana. Nos juntamos com o pessoal da organização da Maratona de Programação do Brasil, que chegaram no aeroporto quase junto com a gente. Deixamos as malas no guarda-volumes do aeroporto e pegamos um bahn (trem) na bahnöfe (estação de trem) até a estação central da cidade. Lá, vimos vários casarões tradicionais alemães e almoçamos comida alemã.
Assim como no dia anterior, passamos a noite no avião e acordaríamos no Cazaquistão.
Chegamos em Astana, no Cazaquistão.
Foi o dia de chegar no hotel e esperar para fazer o check-in. Fomos surpreendidos por uma sala no hotel reservada para nós, a "ICPC Chillzone": tinha salgadinhos, chocolates, sucos, refrigerantes e bolachinhas, tudo à vontade.
De noite, vimos uma palestra do maroonrk — um dos criadores do AtCoder e um dos 10 melhores do mundo no Codeforces — sobre curiosidades do AtCoder.
Era o dia da cerimônia de abertura e tiveram palestras de um dos patrocinadores, a JetBrains, e algumas apresentações de ex-competidores do ICPC.
Um pouco antes das apresentações, encontramos o pllk — o criador do CSES.
Logo depois disso, houve uma apresentação que se destacou: tourist e ecnerwala (dois dos 10 melhores do mundo no Codeforces) fizeram um breve contest em Kotlin, onde os dois revezariam o uso do teclado de 1 em 1 minuto. O resultado foi muito divertido de assistir.
Durante a cerimônia de abertura, houve algumas apresentações bem legais de música e dança tradicionais do Cazaquistão.
De manhã, houve uma palestra da Huawei, um dos patrocinadores, sobre o desafio de otimização (de 5h de duração) do qual os times participariam no dia. Foi proposto um problema relacionado a inteligência artificial, onde tínhamos que elaborar uma otimização com heurística. Não ganhamos nenhum prêmio 😅.
Logo depois, fomos na excursão oficial do evento: um passeio no Museu de Energia Nur Alem. Haviam várias exposições sobre energia renovável, astronomia e folclore do Cazaquistão, incluindo um robô que fala e tablets com exposições interativas (era tudo bem futurístico).
Ao voltarmos para o hotel, ficamos presos no trânsito e fizemos algumas palavras cruzadas para passar o tempo.
Logo de manhã, aconteceu o aquecimento para a competição, com questões de algumas World Finals passadas. Durou das 11:00 às 13:00 e almoçamos o lanchinho do aquecimento, que tinha croissant, salgadinho e sanduíche.
De tarde, aconteceria o desafio de flexões do MikeMirzayanov (o criador do Codeforces): quem conseguisse fazer mais flexões, ganharia uma camiseta do Codeforces. Resolvemos ficar de fora e voltar para o hotel mais cedo para não pegar trânsito de novo, mas ficamos felizes de saber que o vencedor foi um amigo nosso, da UNICAMP.
A prova seria das 11:00 às 16:00, e almoçaríamos no meio, assim como no aquecimento. Antes da prova, cada time levava sua plaquinha com o nome da universidade, com várias pessoas tirando foto no caminho.
Na competição, o NTJ conseguiu o primeiro balão (B) em 40 minutos de prova e o segundo balão (I) só viria com 141 minutos. Aos 200 minutos, passaram seu terceiro problema (L). Até o momento do freeze, o time estava em 108º lugar.
No momento da revelação do placar, o time tinha 3 submissões no problema C. Nós nunca tínhamos passado um problema durante o freeze em uma competição oficial até então. E passou!
Assim, o time Não Treinamos o João alcançou a 105ª posição do mundo, recebendo menção honrosa. Com isso, se encerra a primeira participação do BRUTE na ICPC World Finals.
Eric Grochowicz